Para falar do futuro do mercado imobiliário da Grande Florianópolis, é muito importante que nos coloquemos em perspectiva, iniciando pelo entendimento do que nos trouxe aonde estamos. Quando comparamos historicamente, a médio e longo prazo, o investimento imobiliário com outras modalidades de investimento no mercado financeiro, percebemos que a rentabilidade média do investimento em imóvel é a maior e a menos suscetível a perdas do capital investido.
Para entender isso, é importante começar analisando a linha do tempo dos os últimos trinta anos, onde veremos que iniciamos lá atrás pela hiperinflação da década de oitenta, com sucessivos planos econômicos e contínuas supressões da inflação dos índices oficiais que literalmente “roubaram” do cidadão comum os rendimentos de poupança e renda fixa.
quando milhões de brasileiros perderam seu patrimônio e pelos duros ajustes iniciais do Plano Real, momento em que o Presidente Fernando Henrique erradicou a hiperinflação. Na primeira década do novo século, tivemos em 2001 o momento terrível do ataque às torres gêmeas, em que o mundo se viu em cheque e todos os mercados despencaram.
E, mais tarde, a crise do sub-prime nos Estados Unidos, em que bancos quebraram e petróleo e bolsas do mundo todo perderam mais da metade de seu valor. Em todos estes eventos, no mercado financeiro o investidor comum perdeu muito do seu capital, enquanto os imóveis seguiram firme valorizando ano a ano, ou na pior das situações, mantendo seu valor de mercado e sua rentabilidade de aluguel.
Se observarmos com atenção, veremos que no Brasil, nestas três décadas, e mesmo nestes piores momentos, o capital investido em imóveis esteve a salvo, tendo seu valor sempre precificado pelo mercado, de forma real e positiva na grande maioria das cidades.
porém, praticamente nunca a perda de parte do capital investido, fato que se viu muito nos investimentos do mercado financeiro durante este período, vide eventos relatados acima e, inclusive na renda fixa, quando houve a quebra de bancos como o Econômico, por exemplo.
Nestas três décadas podemos dizer que o imóvel valorizou regular e substancialmente em todas as expressivas cidades do país, além de proporcionar à seus proprietários moradia ou renda de aluguel segura, próxima de 5 ou 6% ao ano.
Podemos dizer ainda, para fim de análise dos rumos do mercado no momento atual, que, a despeito da terrível crise que se abateu sobre o país, enquanto ativos financeiros oscilavam violentamente levando investidores a sérios prejuízos, (a exemplo da bolsa de valores) nos últimos três ou quatro anos a grande maioria dos imóveis prontos manteve seus preços, havendo baixas exclusivamente em nichos pontuais de mercado em que havia ocorrido uma valorização anterior exagerada e irreal.Na Grande Florianópolis, isso se observou com muito mais preponderância e, por nosso interesse, este é o mercado que devemos avaliar.
Assim, olhando o passado podemos concluir que o investimento em imóveis, dos disponíveis no mercado, tem sido o que mais reúne a tríade de rentabilidade, regularidade e segurança e, devemos nos perguntar hoje, a luz das profundas mudanças tecnológicas e culturais ocorrentes no mundo hoje e do perceptível fim de nossa crise com a provável recuperação gradual da economia, se os fundamentos que trouxeram os preços dos imóveis até aqui permanecem válidos, e se eles mantém uma boa tendência de valorização e rentabilidade no futuro.
Preponderantemente a qualidade de vida proporcionada pela maior organização social do Sul do País, segurança, economia, belezas naturais, enfim a maioria dos quesitos que influenciam o IDH de uma cidade. Estes quesitos se superlativam na Grande Florianópolis e se somam ao fato da cidade ser um polo turístico e tecnológico.
E se nada indica que, em comparação a outras regiões do país, estes fundamentos venham a se deteriorar no futuro, podemos entender que a necessidade de muitos novos imóveis para acolher esta demanda de crescimento se manterá e que com a retomada da economia, até se intensificará.
Para reforçar o embasamento deste entendimento temos ainda o fato de que a oferta de crédito imobiliário em nosso país continua abundante e ainda significa perto de 10% em relação ao nosso PIB, o que é muito baixo e lhe dá uma margem de crescimento futuro exponencial quando comparado a outros países em desenvolvimento como o nosso.
Além disso, a cadeia produtiva da indústria imobiliária já procura modelos e processos que entreguem ao investidor unidades imobiliárias a um menor custo, de forma a potencializar o retorno do investimento, como por exemplo a construção a preço de custo, cujo modelo, nas mãos de empresas competentes, entrega excelentes resultados em qualidade e custos.
Assim, não tenho dúvida de que com a retomada da economia voltaremos a ter valorização real dos imóveis em nossa cidade e uma potencial rentabilidade de aluguel adequada aos tempos de hoje, com inflação e juros baixos. E entendo que para o investidor participar deste mercado com maior potencial de sucesso deve sempre procurar estar assessorado por profissionais e empresas de competência consagrada.
Marcos Alcauza
Diretor Comercial
Brognoli Vendas e Corretagem Ltda.
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